21/03/2009

Bonita bota de gesso e tala e esparadrapo

19 de março. Quinta. 13h50min. Acabo de almoçar pra ir ao trabalho. Saio do restaurante com um papel na mão e a cabeça não sei onde. Foi o suficiente pra que um degrau de cinco centímetros causasse uma "lesão grave no ligamento", como explicou o médico.
Quando virei o pé tive certeza que aquela dorzinha maldita não ia passar apenas com um gelol. Fui pro trabablho e o tornozelo começou a ficar estranho. Gelo não adiantou. Fabiano, que já quebrou o pé, pressionou e eu fui ao médico. Estê me levou. Depois de esperar uma hora e tanto resolveram me atender:
- o que aconteceu, dona Alexandra?
- Estava caminhando de salto alto e virei o pé.
- Dói aqui?
- Sim.
- E aqui?
- Também.
- E aqui?
- Olha, doutor, na verdade dói tudo.
- Vamos fazr um raio-x mas já adianto que vai ter de imobilizar
- (pensamento) Filha da mãe!!!!!!
Espera mais um hora pra fazer o raio-x.
Mais uma hora pra o médico me chamar e explicar:
- Tem duas opções para este caso: ou quebra ou rompe o ligamento. No teu caso rompeu.
- Menos mal então?
- Não necessáriamente. Uma semana com uma tala não-sei-o-que, aí quero te ver e mais duas com a botinha robocop. Perna sempre pra cima, toma este remédio de 12 em 12, não coloca o pé no chão, aluga uma muleta, não pode molhar pra tomar banho e paciência. Alguma dúvida?
- Ãh, bem, posso ir pro trabalho?
- Nem pensar. Perna pra cima! Te vejo dia 26.
Então é isso, estou eu aqui manca, com uma bota até o joelho, só movimento os dedos. Dói, coça e me dá uns ataques de fúria por não poder fazer nada. É apertado. Ah e não é só isso: andar de muleta está acabando com as minhas costas e os meus braços. Tem de fazer uma força que eu não tenho. O braço fica tremendo o tempo todo.
E agora, José? Ontem, sexta, passei o dia sentada/deitada, sempre me mantendo muito irritada. Quando o Fabricio chegou em casa tudo que eu queria era tomar banho. E não foi fácil.
É um belo pé no saco isso. Vou usar esse tempo pra botar as leituras em dia!