19/02/2008

Abreviando

"Os teus planos sempre são abreviados pelo álcool"

Célebre frase da Meneghel depois de beber toda a cerveja da casa. Senti minha vida explicada em uma frase!

14/02/2008

Era o caos mas estou bem melhor


eu sou o verdadeiro caos
tenho 26 anos
e não arrumo a cama
nem a casa
tenho colchões espalhados na sala
e roupas no chão do banheiro
meus discos estão sujos
e meus livros com poeira
mil coisas estão na mesa do meu computador
meu quadro ainda não está na parede
tenho roupas pra levar na costureira
documentos pra pegar
contas a pagar
toalha molhada em cima da cama
não quero tomar banho
nem remédios
tento abandonar o cigarro
e não consigo
nem mesmo coisas do passado deixo pra trás
os velhos hábitos seguem comigo
assim como quando eu tinha 17 anos
ah eu deixei de escrever esse texto logo no início para voltar a fazer uma coisa que eu já havia abandonado
isso quer dizer alguma coisa?


Três de julho de 2007: 23h16min

12/02/2008

Cuidado com o rim

Tem algumas coisas que realmente me tiram do sério. Gente que rouba dinheiro público está no topo da lista. E logo atrás vêm aquelas pessoas que não tem coragem. Pois nos últimos dias eu vi essas duas coisas juntas (o que também não é nenhuma novidade).
Falo do caso da gastança com o meu dinheiro. Ministros e afins, agora até seguranças, gastam uma grana preta num tal de cartão corporativo. Pois bem. A coisa é tão escrota que não dá pra acreditar. E eles dão desculpas absurdas pros gastos e todo mundo fica bravinho com a história, mas não faz nada.
E aqui eu falo dos meus colegas jornalistas. Os caras ouvem uma desculpa pra lá de esfarrapada e publicam aquilo e só. Estão numa coletiva e não fazem perguntas óbvias?
No caso da ministra Matilde. Ela gastou em free shop, e pagou a conta com o tal de cartão corporativo. Meu Deus ela é uma ministra e, até onde eu sei, não é analfabeta e sabe ler. Ela sabia que aquele cartão era do governo, logo não é pra ela se divertir.
Mas tudo bem, ela demitiu dois funcionários do gabinete e disse que foi mal orientada por eles. Uma parte aqui: se eles não eram profissionais competentes que não conseguiram orientar ela sobre o cartão então ela não deveria ter contratado eles. Gabinete não é cabide de emprego.
E aqui que eu não percebi reação dos jornalistas. Ela deu uma coletiva e eu não vi (pelo menos onde eu li, desculpe se alguém fez essa pergunta) ninguém perguntar isso pra ela. Se ela não leu o cartão, se ela não sabe ler. Tinha de fazer umas perguntas bem absurdas pra ver o que ela ia responder. Deixar ela constrangida.
Sei lá, ando muito puta com essas malandragens. Todo mundo querendo passar a perna no colega. Cuidado com o rim, essa é a regra.